Cartola - Cartola (1976)
Não sei nem como começar a falar do que pretendo falar.
Ouvi a uns tempos atrás esse álbum e pra mim foi meio que um marco. Já conhecia uns sons soltos do Cartola, mas nunca tinha parado realmente para ouvir com calma.
Pra quem curte samba, considero um álbum indispensável na estante (pra quem tem hábitos antigos como comprar álbuns ao invés de baixar da internet).
Considero Cartola um verdadeiro poeta, um trovador, um cara de origem humilde e simples, mas inteligente e de sensibilidade que poucos artistas têm. Viveu 72 anos, porém deixou uma obra pequena. Pequena em tamanho, mas enorme em conteúdo.
Esse álbum tem clássicos já regravados por muitos interpretes da nossa música brasileira, como Cazuza, Beth Carvalho, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, entre outros. Inclusive, uma das músicas dele (do álbum de 1974), a “O Sol Nascerá” já teve mais de 600 regravações. O álbum foi lançado pelo selo Marcus Pereira, em 1976, foi o segundo álbum do Cartola.
A versão brasileira da revista Rolling Stones elegeu esse álbum como o oitavo disco brasileiro de todos os tempos.
Não costumo dar muito crédito a essas avaliações de álbuns de revistas, mas é algo a se considerar, pelo menos, e vale a pena mencionar.
Recomendo muito esse álbum, pra quem curte o estilo. Só clássicos.
Faixas:
- O mundo é um moinho
- Minha
- Sala de recepção
- Não posso viver sem ela
- Preciso me encontrar
- Peito vazio
- Aconteceu
- As rosas não falam
- Sei chorar
- Ensaboa
- Senhora tentação
- Cordas de aço
"Quem gosta de homenagem póstuma é estátua. Eu quero continuar vivo e brigando pela nossa música. Sinceramente, eu não acreditava que ainda viveria esse tempo de grande justiça que o povo brasileiro - apesar dos pesares - faz à música brasileira" (Cartola, Revista Manchete, 03.12.1977).
Fontes:
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