Resenha: Cujo - Stephen King
Resenha: Cujo –
Stephen King
O que falar de uma
obra de um dos mais importantes escritores de suspense/terror dos
tempos contemporâneos, não é? Stephen King dispensa apresentações,
escritor renomado, criador de obras como Carrie - a Estranha, O
Iluminado, Cristine, A Espera de um Milagre, Misery, etc; com
inúmeras obras já transformadas em filmes e em HQs. O histórico de
King é vasto e uma rápida busca na internet pode confirmar isso.
Aqui nessa resenha
venho falar de uma de suas obras mais marcantes, pelo menos para mim.
Trata-se de Cujo, o doce São Bernardo que se torna um assassino
incontrolável e imbatível. Um dos relatos contados no livro mostra
claramente, e dolorosamente, a transição de Cujo.
A história, além
da linha de suspense, relata a vida de um casal recém mudado de uma
cidade grande para uma cidade fictícia no interior do Maine, a
pequena Castle Rock. Vic e Donna Trenton, com seu pequeno filho Tad,
possuem uma vida tranquila, porém com algumas questões de
relacionamento do casal não resolvidas.
O livro marca por
uma mesclagem de situações de drama com situações de suspense
psicológico, com ênfase no segundo. Cujo não é um livro de
temática sobrenatural ou paranormal. É simplesmente um cão que
pega raiva, sem que seus donos percebam, até que seja tarde demais.
King escreve de um jeito muito envolvente, o que faz com que os
leitores fiquem presos a história, querendo ler até que tudo seja
esclarecido e o fim da história alcançado. O suspense psicológico,
já citado anteriormente, é um dos elementos chaves para apego do
leitor a história. É quase como se tivéssemos passando por tudo
que alguns personagens estão passando. O medo de algumas das
situações retratas é de uma realidade quase palpável.
King, explicando
como escreve e escreveu seus livros, sempre disse que redige seus
medos. Esses medos explorados de diversas formas e tipos foram
criadores das obras de King. Medo de solidão, de fãs psicopatas, de
palhaços, de cães raivosos.
Sobre Cujo, King
diz: “Há um romance, Cujo, que eu mal me lembro de ter escrito.
Não o digo com orgulho ou vergonha, somente como uma vaga sensação
de tristeza e perda. Eu gosto deste livro. Eu gostaria de lembrar do
prazer de ter escrito as partes boas conforme eu as escrevia nas
folhas” (King, Sobre a Escrita).
Estruturalmente,
Cujo é fascinante. Não há capítulos ou divisões. É um fluxo
constante de palavras permeando entre personagens e períodos de
flashbacks, porém sempre caminhando adiante.
King complementa:
“Ele sempre tentou ser um bom cão. Ele foi atingido por algo…
livre arbítrio não era uma opção. Ele está preso em algo que
está comandando seu corpo. Ele machuca os que ama. Ele é brutal e
sem remorso, por que ele não é ele mesmo.”
Cujo foi escrito em
1981 e há uma versão cinematográfica feita em 1983. Em 1982 a obra
ganhou o prêmio British Fantasy Award.
Finalizando, como
sempre, sem spoilers, fica a recomendação da leitura dessa
excelente obra de Stephen King.
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Fontes:
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